15.1.13

Prostituta por acaso - Capítulo Único


Eu gostava da minha vida. Não a achava perfeita, mas eu não reclamava dela. Tudo mudou quando meus pais decidiram passar um final de semana em um pequeno sítio nosso.

Já no final da tarde, eles voltavam para casa quando o carro em que estavam foi atingido por outro e meus pais morreram carbonizados. 

Tive que vender o sítio para pagar as despesas do enterro e para poder sobreviver, mas com o tempo o dinheiro foi acabando e eu não tinha nenhum parente que pudesse me ajudar. 

Não que eu não tivesse parentes, mas quando meus pais se casaram seus pais não aprovavam e devido as constantes brigas para Eduarda separar deCarlos, então eles perderam contatos com suas famílias e agora eu estava sozinha no mundo. Sem parentes e amigos.

Procurei emprego, mas não consegui encontrar nenhum. Todos exigiam experiência, coisa que eu não tinha. Todos dizem que é fácil arrumar emprego, mas não era isso que estava acontecendo comigo. 

Eu tinha 17 anos e pensava em fazer faculdade. Nunca passou pela minha cabeça a ideia de trabalhar. Meus pais me davam tudo que eu precisava e eu só me preocupava em estudar. Mas, agora eu estava desesperada por um emprego. O único que eu consegui foi de prostituta, porém eu não iria ser uma de forma alguma.

Um mês depois eu fui procurar a Rose. Eu estava quase virando uma mendiga. A luz e água já tinham sido cortadas há muito tempo e eu só tinha dinheiro para comer por uma semana. Deixei meus princípios em casa e fui procurá-la em sua boate: Fantasy Night.

– Bella, você por aqui – ela falou me abraçando – A que devo a sua visita? – estava tentada a sair correndo dali, mas consegui não obedecer minhas pernas. Por mais que eu odiasse o que iria fazer era necessário.
– Eu ... eu queria saber se aquela proposta ainda está de pé – perguntei com o coração querendo sair pela boca.

– É claro que sim – respondeu sorrindo – vem comigo que eu preciso te explicar algumas coisas – assenti e a segui até a sua sala.

Por mais incrível que pareça Rose tinha um escritório na boate, no segundo andar do lado dos quartos que eram usados para as garotas se prostituírem. Talvez isso seja mais comum do que eu achava, mas eu nunca na vida sequer cogitei a ideia de me prostituir e nem procurei me informar como era que eles discutiam esses assuntos. 

Passei pelos quartos tentando afastar as imagens que futuramente eu estaria em uma daquelas camas e com um homem em cima de mim. Balancei a cabeça e os pensamentos foram embora.

– Então, Bella eu fico feliz que você tenha se juntado a nós, mas temos regras aqui. A cada hora que um cliente passa com você ele paga R$ 200,00 reais. R$100,00 reais são meus o outro R$100,00 reais são seus, que é o seu pagamento. As outras garotas podem te dar algumas dicas se você quiser. Como você trabalha pra mim e eu tenho que pagar as contas dessa boate você tem que trabalhar no mínimo dez horas por semana – engoli seco. Dez horas era muito tempo. Rose continuou falando:

– E o mais importante é o que acontece aqui fica aqui.

– Não entendi muito bem essa última parte.

– Vou te explicar melhor. A maioria dos nossos clientes são conhecidos da mídia e tem famílias, ou seja, ninguém sabe que eles frequentam essa boate. E se por alguma coincidência você encontrá-los fora daqui finja que não os conhecem e no caso de alguém descobrir ou jogar um verde sobre alguma coisa negue até a morte. Se isso não acontecer terei que demiti-la. Entendeu bem?

– Sim.

– Que tal conhecer suas novas amigas? – ela perguntou levantando da cadeira que estava sentada e eu fiz o mesmo.
– Claro – saímos do escritório dela e fomos para o palco que as garotas faziam seus shows. Elas estavam lá ensaiando. Rose aproximou delas e falou:
– Temos mais uma que se juntou a nós – uma mulher baixinha com os cabelos espetados veio na minha direção sorrindo e estendeu sua mão dizendo:

– Sou Alice.

– Sou Bella – falei apertando sua mão. Rose saiu e começamos a conversar.

Elas me explicaram muitas coisas que julguei que seriam úteis futuramente, apesar de não estar entendendo muita coisa, mas mesmo assim escutei tudo prestando muita atenção. 

No total éramos doze garotas e todas eram muito bonitas. Eu começaria a trabalhar no outro dia, porque antes eu precisava deixar minha consciência em casa. Transar com qualquer um não deveria ser pior que transar com Mike, que foi meu namorado e também aquele que eu fui pra cama achando que seria bom, mas ele parecia ser tão inexperiente quanto eu. 
Na minha primeira vez e em todas as vezes que nós transamos, eu sequer cheguei a realmente ter um orgasmo. Pelo menos fingir que eu estaria gostando de transar com alguém eu já sabia muito bem.

No dia seguinte quando acordei já tinha aceitado o meu destino: ser uma prostituta. No final da tarde fui à boate para começar a trabalhar. Vesti uma das roupas que tinha ali: um minúsculo vestido e uma sandália de salto alto.

Rose achou melhor eu entrar no palco quando a boate estivesse lotada e assim foi feito. Quando entrei no palco eu tremia da cabeça aos pés, mas Alice havia entrado comigo e me passou um pouco de confiança.
Logo eu estava totalmente solta e segui o exemplo de outras que andavam pela boate. Quando desci do palco escutei alguns homens assoviando e isso elevou meu ego. À medida que eu ia andando eu sentia que alguns homens tentando pegar na minha bunda. Andei calmamente até sentar no colo de um moreno musculoso e bonito que estava me comendo apenas com o olhar.

– Nova aqui, docinho? – ele perguntou enquanto me fazia rebolar em seu membro por cima de sua calça volumosa.

– Sim – sussurrei em sua orelha.

– Vamos lá pra um daqueles quartos antes que eu a foda aqui mesmo – levantei e fomos andando para um dos quartos no segundo andar. De repente senti dedos entrando na minha calcinha me acariciando.

– Já está tão molhada? Essa noite você vai gozar até não aguentar mais – ele falou e chegamos num dos quartos. Ele trancou a porta e me jogou na cama.

– Preparada? – levantei e peguei algumas caminhas no banheiro e voltei pra cama.

– Agora sim preparada – ele sorriu e me despiu. Iria ser uma longa noite.

[...]

No outro dia quando acordei meu corpo estava acabado. Tinha vários chupões em meu pescoço e corpo. Não que eu não tivesse gostado, mas eu ainda tinha que trabalhar mais seis horas para completar as dez horas que eu era obrigada a trabalhar na semana.


Os dias se passavam e eu já conhecia todos os homens que frequentavam aquela boate.

(Quatro meses depois)

Eu já estava de saco cheio de transar com os mesmo homens e ainda tinha a Tanya que queria que eu fosse pra cama com ela. Ela disse que pagava o triplo, mas mesmo assim eu recusei. 


No outro dia quando cheguei à boate Alice veio saltitante falar comigo.

– Pena que você não veio trabalhar ontem, Bellinha. Tinha dois homens perfeitos.

– Carne nova no pedaço? – estava começando a me animar.
– Já era hora não é mesmo? O que me levou pra cama é uma delícia e o outro só ficou observando as garotas, mas não ficou com ninguém. Parece que ele estava querendo uma pessoa específica – ela olhou sugestivamente pra mim.

– Quem sabe? – falei e fui me arrumar.

Às 22:00 horas eu fui para o palco e comecei a dançar. Percebi Alice indo com um loiro para o segundo andar. Talvez o outro também estivesse aqui. Procurei-o por um tempo e depois de alguns minutos finalmente encontrei um rosto novo. 

Ele era perfeito, seus cabelos estavam bagunçados e ele sorria para uma das garotas. Não demorou muito e ela saiu de perto dele. Sorri e fui em sua direção. Quando nosso olhar se encontrou eu senti um arrepio passando pelo meu corpo. 
Seu olhar era o puro desejo e isso só facilitava o caminho pra mim. Quando eu já estava perto dele o mesmo se levantou andando na minha direção.
– Finalmente te encontrei – ele disse e suspirou aliviado enquanto íamos para um dos quartos. Pensei que assim que entrássemos ele iria me agarrar, mas ele apenas trancou a porta, pegou na minha mão e sentamos na cama.

– Meu nome é Justin – falou olhando nos meus olhos. Imediatamente me senti atraída por aquela voz. Que voz era aquela, meu Deus? – Eu nem sei como te dizer isso... – ele continuou.

Ele deveria ser virgem e estaria com vergonha de dizer. Aproximei dele calmamente e beijei sua boca. A princípio ele não correspondeu e quando eu ia me afastar ele abriu seus lábios me beijando de uma forma que me deixou excitada. Fi-lo deitar na cama enquanto tirava sua camisa. Não demorou muito tempo e nós já estávamos nus.

– Isso é errado, Erika– falou mordendo meu pescoço. Gemi de prazer.

– Errado por quê? – eu não via nenhum problema nisso. Ele me olhou intensamente ponderando o que iria fazer. Era como se tivesse alguma coisa que o impedisse de continuar ali.
– Depois eu explico – respondeu colocando o preservativo em seu membro grande e grosso. 

Troquei nossas posições ficando por cima. Justin agarrou minha cintura me fazendo rebolar naquela dureza. Gemi alto quando ele me penetrou. Comecei a cavalgar gemendo coisas desconexas.

– Tão bom,Justin.

– Tão apertada – se algum dia eu pensei que sentiria muito prazer em uma transa definitivamente seria essa.
 

Nossos corpos estavam suados e eu sabia que estávamos perto do ápice. Justin começou a massagear meu clitóris e em questão de segundos eu gozei naquele membro delicioso sendo seguida por ele.

– Você é muito gostoso, sabia? – falei depois de recuperar o fôlego e ele apenas riu.

– Não deveríamos ter feito isso, mas você não me deixou explicar o que eu queria.

– Não era apenas se divertir?

– Não – ele estava irritado – Poderia se vestir, por favor?

– Não gosta do meu corpo? – peguei sua mão e a levei até meu seio, escutei Justin praguejando baixinho.

– Você não devia ter feito isso, Erika– ele me olhou e soube que ele estava ardendo de desejo por mim assim como eu estava por ele. Deitou-me na cama novamente e segurou meus braços acima da minha cabeça.

– Se eu te der prazer promete que vai me escutar? – lambeu meu pescoço depois que de me perguntar.

– Ohhh. Claro que sim. Estou aqui para servi-lo.
– Ótimo – Justin tinha um sorriso malicioso nos lábios. Foi até o banheiro e pegou mais camisinhas e também algemas que foram usadas para algemar minhas mãos na cama enquanto ele distribuía beijos e mordidas pelo meu corpo me fazendo gemer muito alto.

– Já está tão molhada assim? – perguntou me lambendo. Sua língua me penetrava e fazia movimentos de vai e vem me fazendo ver estrelas.

– Eu vou gozar – falei já sentindo meu corpo tendo espasmos violentos.

– Goza aqui na minha boca, gostosa.

(Três horas depois)

– Já está satisfeita? – perguntou tirando minhas mãos de seu membro que já estava dando sinais de vida.

– Por enquanto sim.

– Então vamos sair daqui – falou já vestindo suas roupas – Só vou pagar por essa noite prazerosa e te encontro na porta – me deu um selinho e foi até o escritório da Rose para pagá-la.

Fui até o camarim e troquei de roupa, vesti a roupa que havia chegado: uma calça jeans, uma regata e o meu tênis all star preto. Penteei meu cabelo que estava uma bagunça e lavei o rosto numa tentativa de tirar o suor que havia ali, mas pouco resolveu.
 

Fui esperar Justin no lugar que tínhamos combinado. Quando coloquei meus pés fora da boate tremi de frio. Justin já estava me esperando e quando me viu me entregou sua jaqueta. Só não recusei porque estava com muito frio.

– Obrigada.

– Não há de que. Vamos? – ele perguntou abrindo a porta de um carro pra mim.
 

Ele era perfeito. Com certeza deveria ter uma namorada. Senti um aperto no peito, pois sabia que eu era apenas mais uma pra ele. Apesar de ele ter me tratado como uma dama no fundo eu sabia que sempre seria uma prostituta. Passamos o caminho todo sem falar nada, eu estava perdida em meus pensamentos e ele nos dele. Assustei-me quando ele estacionou seu carro em frente a minha casa.
– Como você sabia onde eu morava? – a surpresa era evidente na minha voz.

– Eu posso te explicar tudo, Erika. Só me deixe entrar para podermos conversar melhor – apesar de conhecê-lo há poucas horas eu sentia que ele era uma pessoa que eu poderia confiar.

– Tudo bem – saímos do carro e fomos para minha casa. Ainda bem que eu tinha arrumado a casa naquela manhã ou ela estaria em plena desordem.

– Sente-se. Fique a vontade. Quer alguma coisa pra beber? – perguntei pra ser educada, mas eu só tinha água e suco pra servi-lo.

– Não obrigado – sentei no sofá e ele sentou ao meu lado. Ficamos nos encarando por algum tempo até que ele falou:

– Eu sou seu primo, Erika– como ele poderia ser meu primo? E por que só apareceu agora? Não, aquilo não era verdade. Cadê a câmera escondida? É agora que aqueles repórteres chatos vão sair de seus esconderijos e me entrevistar?

– Que brincadeira de mau gosto é essa?

– Não é nenhuma brincadeira,Erika. Minha mãe é irmã da sua e assim como ela seus pais não aprovaram o relacionamento dela com o meu pai. Ela fugiu de casa com ele e perdeu contato com sua família – eu não sabia o que dizer.

Quando ele falou que nossas mães eram irmãs eu me lembrei do acidente. Meus olhos que já estavam marejados começaram a transbordar. Justin me abraçou e eu chorei por um longo tempo em seus braços. Ele sussurrava palavras reconfortantes e aos poucos eu fui me acalmando.
 

– Nós queremos que você venha morar conosco – falou me olhando suplicante. Balancei a cabeça negando. Ele segurou meu rosto e continuou dizendo:

– Eu não vou embora sem você! Sei que é loucura, mas eu nunca senti nada parecido por ninguém. Você só trabalha naquele lugar porque precisava sobreviver, mas agora você tem uma nova família.
– Não é tão simples assim, Justin.
– É claro que é. Eu já disse que não vou a lugar nenhum sem você. Se você quer continuar morando aqui eu mudo pra cá. Eu não a deixarei sozinha em hipótese alguma e não deixarei que você volte para aquele lugar – eu não precisava ouvir mais nada. Beijei sua boca e ele retribuiu. Foi um beijo calmo e apaixonante, porém já estava ficando muito excitante.
– Eu vou com você – falei e Justin me deu vários selinhos e um sorriso gigante se espalhou pelo seu rosto e logo me contagiou também.
– Vamos dormir, então? – falei bocejando, levantando do sofá e estendendo minha mão pra ele que a pegou de bom agrado. Caminhamos calmamente até o meu quarto.
– Vou adorar passar o resto da noite com você –Justin falou beijando meu pescoço já na cama.
– Eu também, mas é só dormir.
– Agora diz que está cansada? – perguntou passando a mão em minha coxa sorrindo maliciosamente.
– Será que a sua família não vai me querer longe deles? – mudei totalmente de assunto, mas eu precisava daquela resposta.
– Nunca,Erika. Todos queremos você conosco. Angelina sempre quis uma menina agora ela já tem uma. Agora vamos dormir porque já está tarde.
– Tudo bem – aconcheguei mais perto do corpo dele e logo adormeci.
No outro dia acordei na hora do almoço e percebi que Justin não estava mais na cama. Bufei irritada. Ele poderia ter me avisado que iria sair. Fui ao banheiro fazer minha higiene pessoal e quando acabei fui à cozinha fazer o almoço. Chegando lá, para a minha surpresa, encontrei Justin terminando o almoço.

– Por que não me acordou?

– Porque você tinha que descansar – ajudei-o terminar o almoço e estava muito bom. Ele era um ótimo cozinheiro.

– Desculpe se eu não avisei antes,Erika. Meus pais chegam hoje aqui – ele falou entre garfadas. Se eu tinha que conhecê-los era melhor que fosse logo.

– Espero que eles gostem de mim – não queria ter que me afastar de Justin logo agora que estávamos nos dando tão bem.

– É impossível não gostar de você.
Sete horas depois os pais dele chegaram. Eles eram pessoas incríveis e seria muito bom morar com eles. Cid, que era o pai de Justin,iria ficar mais algum tempo em Stranford com Angelina, para venderem minha casa e os móveis. Eu iria com Justin para a minha nova casa em London.

Estávamos no avião e eu pensava em todos os acontecimentos dos últimos meses: eu havia perdido meus pais, mas havia encontrada uma nova família. Eles jamais iriam substituir Eduarda e Gustavo, porém era bom ter alguém pra me proteger.

– Em que tanto pensa,Erika? –Justin perguntou sussurrando na minha orelha me fazendo ficar arrepiada.

– No futuro – falei olhando para aquelas duas esmeraldas que me fitavam.

– E eu estou incluído no seu futuro?

– É claro que está – falei e o beijei.
Eu não sabia como seria a partir de agora. Seria uma nova vida com pessoa que eu não conhecia muito bem, mas se Justin estava comigo eu não precisava de mais nada.
FIM
Desculpem os erros de ortograficos.. Não era pro Justin ser primo dela e sim um empresário, mas não consegui escrever o que queria inicialmente. Sei que ficou ruim, mas decidi postar pra não ficar com essa coisa aqui no pc atoa. Fiz o que pude =/
deixem seus comentários pra saber se realmente gostaram. e sim eu postei logo depois do Prologo pq sou bem legal ;)  xoxo e até a proxima. 

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